quinta-feira, 15 de abril de 2010

Vacinação contra o H1N1

Ano passado, o vírus da gripe suína iniciou uma epidemia, ao ser transmitido de porcos para seres humanos. E rapidamente se transformou em uma pandemia ao se espalhar por diversos países. Essa foi uma amostra de seu alto poder de contágio. A OMS entrou em alerta, essa cepa do vírus H1N1 era bem diferente das que afetam nossa espécie. Com o aumento do número de casos e de mortos o medo aumentou. As principais vítimas não eram idosos e crianças, tradicionais vitimas do influenza, mas pessoas jovens e saudáveis, em especial mulheres grávidas. A gripe espanhola e outros fantasmas do passado foram lembrados.

Felizmente, os piores rumores não se concretizaram. E, felizmente, desde o final de 2009, foi criada uma vacina contra a epidemia. E agora ela chega ao Brasil, que lançou a campanha de vacinação.

Mas, infelizmente, vem surgindo pessoas e grupos que espalham boatos mentirosos sobre a vacinação, principalmente atravez de correntes de e-mail, recheadas de informações erradas, teorias conspiratórias acompanhadas do apelo do "não se vacine". A maioria das bobagens são sobre os constituintes da vacina. Principalmente sobre o mercúrio e o esqualeno. Abaixo, estão algumas informações que refutam boa parte delas:

Mercúrio - O mercúrio é um metal pesado, que é usado (na forma de timerosal) como conservante nas vacinas, devido ao seu efeito antimicrobiano. O mineral também tem efeitos bioacumulativos e pode afetar o sistema nervoso quando em grande quantidade e, pro isso, os conspiracionistas afirmam que a vacina é tóxica. Porém, a quantidade de mercúrio contida é de 1,25 a 25 μg, muito abaixo do limite de consumo semanal que é de 0,5 mg. Você ingeriria uma quantidade muito maior se consumisse um cação em postas.

Esqualeno - É um tipo de lipídio, encontrado no fígado de tubarões e no azeite de oliva. Na verdade, esse óleo é encontrado em vários seres vivos, incluindo nossa espécie. Em nosso organismo, o esqualeno faz parte do ciclo bioquimico do colesterol e da vitamina D. Está presente no óleo de novas impressões digitais. Nas vacinas, ele tem o papel de adjuvante imunológico, ou seja, aumenta a resposta imunológica, sem ter efeito antígeno. Algo muito útil, pois permite a fabricação de uma quantidade ainda maior de vacina. Mais uma vez, divulgam o relato de que essa substancia é nociva; e de novo, ela não faz sentido. O esqualeno está presente naturalmente no corpo humano, e a dose aplicada é tão pequena que não aumenta consideravelmente a quantidade já presente.

Essas informações falsas não causam um engano inocente. Cada pessoa que não se vacina põe em risco a própria vida e pode transmitir a doença para outras pessoas. Por isso, vacine-se.

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