quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

SELO DE QUALIDADE

O Evolução e biologia recebeu um selo de qualidade, presente dado por Diego Marques e Ravick Bittencourt do ótimo blog Os Amorais!



Assim, seguindo as regras que o acompanham, repassamos a três blogs merecedores do prêmio:

O Dragão da Garagem: blog sobre ceticismo e pensamento crítico. Faz uma análise cética sobre Religiões, pseudociencias e pensamento new age e divulga a ciência. De autoria de Alexandre Taschetto e Widson Porto Reis, o título faz uma referencia a um texto clássico de Carl Sagan.

Biofácil: Como o próprio nome diz, o blog biofácil trata sobre biologia de uma forma simples de entender, possuindo ótimo conteúdo e uma videoteca com bons videos.

O Surfista Platinado : Blog que narra as aventuras do Surfista Platinado, um herói intergalático que conta as historias do cotidiano de uma forma bem humorada e em clima de uma conversa de barzinho. Com a participação de Papai Smurf e do homem mais fort do universo!

Agora, seguindo as recomendações postadas lá no Amorais, seguem as REGRAS (não fui eu que as inventei, apenas as estou seguindo) para quem recebe um selo:

> Fazer um post com a imagem do selo e postar o link de quem te presenteou.

> Se quiser pode repassá-lo. Neste caso deve:

>Postar os links dos blogs escolhidos para recebê-lo e avisar esses blogs.

>Postar as regras para que os outros também saibam o que fazer depois que receber.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A ilha de Páscoa


A ilha de Páscoa está localizada no sul do Pacífico, em um local esquecido no meio do mar. É o lugar mais isolado da Terra, estando a quase 2000 km das Ilhas Pitcairn e a 3200 km do Chile.

Foi avistada pelos europeus em um domingo de Páscoa, em 1722, pelo holandês Jacob Roggeveen. Avistando um lugar nada atrativo, ao contrário da maioria das ilhas daquela parte do mundo, o terreno não tinha grandes árvores e a grama era tão seca que, a distância, parecia areia. Foram recebidos por uma comitiva de nativos em canoas frágeis e ao desembarcar ficaram surpreendidos com os grandes moais, as gigantescas estátuas de pedra esculpida na forma de rostos humanos, espalhadas pelo litoral, como se vigiassem o alto-mar. Roggeveen e seus homens ficaram muito espantados, pois não compreendiam como os nativos que não dispunham de cordas fortes e madeira adequada para fazerem maquinas conseguiram erguer aqueles gigantes de mais de 10 metros de altura.

No interior da ilha, dentro da cratera de um vulcão extinto, onde as estátuas eram esculpidas, o ambiente era fantasmagórico. As ferramentas dos escultores espalhadas pelo chão, estátuas inacabadas e outras largadas para trás pela estrada que leva ao litoral, davam a impressão de que o lugar havia sido abandonado.

Ainda hoje, a ilha é cercada por uma nuvem de mistério, como as gigantescas figuras de pedra foram levadas da montanha até o mar desperta a curiosidade. Inspirando as explicações das mais incomuns como a de que extraterrestres levaram os moais até os seus locais de repouso. Versão que foi popularizada pelo livro “Eram os Deuses Astronautas?” de Erich von Däniken. A chave do mistério é revelada ao voltarmos à época da chegada dos primeiros polinésios, a cerca de 1400 anos. Vindos do oeste, os rapanui encontraram um pequeno paraíso. Eram 166 quilômetros quadrados cobertos por uma densa floresta subtropical que crescia sobre o fértil solo de origem vulcânica. Entre a vegetação nativa, a planta que mais se destacava era a Paschalococos disperta uma espécie de palmeira alta e robusta endêmica do local. Tinha madeira forte o suficiente para permitir a construção de embarcações e para o transporte dos moais e fornecia nozes para a alimentação.

A fauna local permitia uma dieta muito rica para os moradores. Carne de golfinho, de foca e de 25 tipos de aves selvagens que eram assados com a lenha retirada da floresta. É o que mostram escavações arqueológicas em antigos sítios ocupados, graças a essa biodiversidade o número de habitantes aumentou bastante.

Boa parte dos recursos locais eram gastos na intensa produção e no transporte de estátuas. Para movê-las dezenas de pessoas utilizavam cordas e uma espécie de trenó feito de palmeiras arrastavam os moais por 14 quilômetros até o litoral. A partir de 1200, a produção entrou em um ritmo mais acelerado e que durou pelos próximos 300 anos, sendo preciso cada vez mais madeira, cordas e alimentos. Por volta de 1400, a floresta já não existia e a última palmeira foi cortada, extinta junto com outras 21 espécies de plantas nativas. Assim, não havia mais madeira e cordas para o transporte de moais e nem troncos resistentes para a construção de barcos para a pesca em alto-mar, assim a pesca diminuiu. As colheitas também foram prejudicadas com o desmatamento e com o habitat devastado todas as espécies de aves foram extintas.

Todos esses fatores causaram uma grave falta de alimentos e o número de habitantes foi reduzido a um décimo dos 20 mil que habitaram a ilha no seu auge. E sem comida, os rapanui apelaram para o canibalismo. Em vez de ossos de pássaros ou de golfinhos, passou-se a encontrar ossos humanos nas escavações de moradias desse período. Muitos deles foram quebrados para se extrair o tutano.

O ecocídio cometido pelos nativos serve como exemplo do que pode acontecer quando o meio ambiente é explorado até o limite e o seu equilíbrio é afetado, a civilização que depende de seus recursos é levada ao colapso. E serve de lição para nossa geração, que vê as conseqüências do crescimento econômico aumentarem cada vez mais. Esse é um tipo de tragédia que ocorreu naquela pequena ilha e que tem os moais como únicas testemunhas.

Referências:

Wikipédia
Revista SUPERINTERESSANTE

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Encontrado nos EUA elo perdido na evolução das rãs


Adicionar imagemFóssil de animal que viveu no Texas há milhares de anos comprova ligação entre rãs e salamandras


MADRI - O fóssil de um anfíbio que viveu há milhões de anos no Texas, Estados Unidos, é o elo perdido que demonstra que as rãs e as salamandras descendem dos temnospôndilos, uma espécie extinta, segundo um estudo da Universidade de Calgary, do Canadá.

O exame e a descrição detalhada do fóssil do Gerobatrachus hottoni (rã maior de Hotton) colocam fim à principal polêmica sobre a evolução dos vertebrados, que se devia à falta de informação sobre formas de transição conhecidas.

"Este fóssil preenche esse vazio", diz Jason Anderson, professor da Faculdade de Veterinária da Universidade de Calgary e autor principal do estudo, publicado na última edição da revista científica britânica Nature.

Anderson qualificou de "agridoce" a coincidência da descoberta com o "Ano dos Rãs", convocado em 2008 pelos conservacionistas para alertar o mundo sobre desaparecimento de muitas espécies de rãs e outros anfíbios.

Calcula-se que nas últimas décadas podem ter desaparecido 130 espécies devido à mudança climática, à poluição e aos efeitos mortais de um fungo quitrídio, que se alimenta da queratina da pele das rãs.

O fóssil, descoberto em 1995 no Texas, mas recuperado recentemente pela equipe de Anderson, tem a forma arcaica de um temnospôndilo, mas também traços das salamandras, rãs e sapos atuais. Isso permite compreender melhor a origem e a evolução dos anfíbios modernos.

Seu crânio, sua coluna e seus dentes mostram uma mistura de traços de rã - a larga forma do crânio - e salamandra - a fusão de dois ossos no tornozelo -, afirma o estudo.

O número de vértebras do fóssil é exatamente um intermediário entre a coluna das modernas rãs e salamandras e os anfíbios mais primitivos.

O fóssil, que data do período Permiano, há cerca de 250 milhões de anos e antes do aparecimento dos dinossauros, também esclarece outra controvérsia relativa à época na qual ambas as espécies evoluíram em dois grupos diferentes, assinala o estudo.

Com estes novos dados, tudo parece indicar que "as rãs e salamandras se separaram em algum momento há entre 240 e 275 milhões de anos, ou seja, muito antes do que sugeriam anteriores dados moleculares", segundo o co-autor do estudo, Robert Reisz, professor da Universidade de Toronto Mississauga.