segunda-feira, 27 de abril de 2009

peixe-olhos-de-barril

POR EDUARDO REAL

Pesquisadores do MBARI (Monterrey Bay Aquarium Research Institute) realizaram uma expedição submarina e conseguiram observar, a 600 metros de profundidade e entre os seres das profundezas observados estava o peixe Macropinna microstoma; uma espécie abissal (que vive em águas profundas) e que possui peculiares olhos tubulares.

O Macropinna microstoma já é conhecido desde o final da década de 30, e peixes com olhos tubulares não são uma novidade para a ciência, existindo outras espécies conhecidas com essa características, pertencentes a familia Opisthoproctidae, mas a nova pesquisa resolveu um mistério que durava anos.

Os únicos Macropinna vistos eram exemplares que ficaram presos em redes de pesca, e todos tiveram a membrana que cobria seus olhos colapsada durante a captura. O MBARI fez os primeiros registros de um exemplar da espécie vivo e foi possível observar que a membrana forma um escudo transparente em torno dos olhos, sendo preenchida com liquido gelatinoso.

E outra novidade foi quanto aos olhos. Olhos tubulares são ótimos para captar luz sem aumentar muito o tamanho do órgão. Adaptação ideal para um ambiente como aquele, onde chega pouca luz solar. Com eles, é possível enxergar muito bem as silhuetas dos outros animais marinhos. Olhando a foto, você pode pensar que eles são os dois circulos acima da boca, mas as duas estruturas circulares que são as narinas, os olhos são as estruturas verdes dentro da membrana transparente. E como os olhos deste peixe são voltados para cima, permitem que ele se aproxime furtivamente de sua presa por baixo, porém não seria possível ver o que está a sua frente e nem o que se está comendo, tendo um campo de visão muito limitado.

Entretanto, os pesquisadores observaram que o Macroppina microstoma pode girar seus olhos para a frente, tudo foi registrado por câmeras no fundo do oceano e depois em indivíduos capturados vivos e mantidos em um aquário a bordo de um navio.

Os peixe-olhos-de-barril assim conseguem localizar suas presas em todas as direções. Sua principal fonte de alimento são as águas-vivas, abundantes neste habitat, onde o pigmento verde de seus olhos ajudam a detectar a bioluminescencia desses animais em meio a escuridão oceanica. Um dos tipos mais comuns são os sifonóforos, hidrozoários coloniais que formam uma rede com mais de 10 metros para capturar pequenos animais usando seus tentáculos urticantes. O M. microstoma conseguiria roubar os seres presos nas redes, usando sua grande barbatana lateral para manobrar com precisão por entre os filamentos urticantes e a cúpula revestda de liquido protegeria seus delicados orgãos oculares. No estômago dos peixes capturados haviam pedaços desses animais.

Descobertas como essa, mostram como que a biologia ainda guarda grandes surpresas.

http://www.mbari.org/news/news_releases/2009/barreleye/barreleye.html

http://scienceblogs.com.br/brontossauros/2009/02/explicando-o-peixe-de-cabeca-transparente.php

2 comentários:

Jorge Ramiro disse...

Eu gosto de comer sushi. Sushi de qualquer tipo de peixe. Porque eu tenho um amigo que morava no Japão e disse-me que o sushi pode ser feito em muitos peixes, e não apenas de salmão. Agora trabalha en ums restaurantes em são paulo. Então, não há necessidade de comprar salmão para comer sushi. Eu acho que é o melhor é comprar um peixe barato. O resto das coisas que você precisa sao baratas.

João disse...

Que viagem esse seu comentário mano 😸😸😸😸