O lobo-da-tasmânia ou tigre-da-tasmânia (Thylacinus cynocephalus) é um marsupial carnívoro da ordem Dasyuromorphia, extinto em 1936 que viveu na Tasmânia, ilha a sul da Austrália, no atual Holoceno.
Apesar do nome, este animal não está relacionado com os lobos ou com os tigres, que são mamíferos placentários. No Plistoceno, o lobo-da-tasmânia estava distribuído pela Austrália e Tasmânia, onde era predador de topo de cadeia alimentar. Foi descrito primeiramente em 1792 pelo naturalista frances Jacques Labillardière.
Em aparência, o lobo-da-tasmânia era semelhante a um cão de pelo curto e focinho afilado, com riscas verticais nos quartos traseiros, cerca de 16 a 17 listras, sendo a pelagem cor bege com onalidade creme no abdômen, que deram origem ao nome tigre-da-tasmânia. O comprimento era de até 1,80 m e mais 60 cm de cauda do tamanho de um "grande cão" com uma cauda rígida, sendo os machos um pouco maiores que as fêmeas, estas possuindo uma bolsa característica dos marsupiais, mas que, ao contrário dos outros marsupiais, abria para a parte traseira do animal.
O lobo-da-tasmânia apresentava muitas semelhanças com os membros da família Canidae (cão) do Hemisfério Norte: dentes afiados, mandíbulas poderosas, digitígrados e a mesma forma geral corpo. Este é um exemplo de evolução convergente. Dado que o lobo-da-tasmânia ocupou o mesmo nicho ecológico na Austrália como a família do cão fez noutras regiões, desenvolveram muitas características idênticas. Apesar disso, esta espécie não está relacionada com qualquer dos predadores do hemisfério norte - o seu parente mais próximo vivo é o Demônio-da-Tasmânia (Sarcophilus harrisii).
Era um caçador solitário, caçando às vezes em pares, seu método era escolher um animal, como um pequeno canguru e então segui-lo até cansá-lo, pulando então sobre ele e matando-o com suas fortes maxilas, as quais podiam atingir uma abertura angular de 120 graus.
O lobo-da-tasmânia era exclusivamente carnívoro. Seu estômago era musculoso com a capacidade de distender-se para permitir que o animal comesse grandes quantidades de alimento de uma só vez, provavelmente uma adaptação compensatória para os longos períodos em que a caça era mal sucedida e o alimento escasseava. Análise das observações esqueletais do animal em cativeiro é ele que escolhe um animal como alvo e que persegue-o até que o mesmo esteja esgotado. Alguns estudos concluem que o animal pode ter caçado em grupos familiares pequenos com o grupo principal que agrupa a rapina no sentido geral de uma espera individual na caça caçadores relataram-no como um predador solitário, que caçava desde marsupiais como cangurus, koalas e wombats até aves. Era um caçador noturno e crepuscular.
A intenção dos colonos de transformarem a Tasmânia em uma extensão da Inglaterra deu origem à criação de rebanhos de ovelhas. Isto, por sua vez, fez com que cães selvagens, que viviam naquele local antes dos colonos, atacassem as ovelhas. Porém os lobo-da-tasmânia não caçavam as ovelhas, mas eles foram dados como culpados pela caça delas, já que eram animais estranhos e considerados carniceiros. Assim os donos de rebanhos caçaram os lobos-da-tasmânia até à sua extinção. Criadores de ovelhas e o próprio governo ofereciam uma boa recompensa em dinheiro pela sua captura e então ele foi caçado impiedosamente de 1840-1909. Espécimes vivos apanhados em armadilhas eram logo comprados por zoológicos no exterior, animais mortos eram "trocados" por recompensas financiadas pelo governo, e somado ao fato da população de tigres-da-tasmânia ter sido reduzida por uma séria doença desconhecida que devastou grande parte da vida selvagem da Tasmânia há muitos anos. Por volta de 1914, mais de 2000 lobos-da-tasmânia tinham sido massacrados e a espécie continuou a diminuir em número até se extinguir. Sem dúvida o homem foi o maior responsável por sua dizimação. O tigre-da-tasmânia foi considerado oficialmente extinto quando o último espécime morreu em 7 de Setembro de 1936, no zoológico de Hobart, Tasmânia. Se chamava Benjamin e só após sua morte descobriram que era um fêmea. Seu desaparecimento se deu porque nessa época os zoológicos não tinham o objetivo de salvar espécies ameaçadas como hoje em dia.
Após seu desaparecimento, seu nicho foi ocupado pelo diabo-da-tasmânia.
Nos últimos anos surgiram especulações sobre a possibilidade de clonar o lobo-da-tasmânia e trazer esta espécie à vida. O problema principal foi encontrar DNA em boas condições, algo que as centenas das células poderiam conservaram, mas no formol não permanecia nenhuma. Não desistindo, em 1999, um grupo de cientistas australianos abriu uma porta para a esperança, porque um frasco de 1866 estava nos fundos de um museu que conservasse um jovem lobo-da-tasmânia em seu interior, conservado em uma solução de álcool e não de formol. O álcool, não destrói todo DNA, e pode conservar a integridade do DNA durante todo período em que foi conservado. Em 2000 a extração aparente do DNA em bom estado foi anunciada, e em 2002 a réplica bem sucedido desse material genético, sem falhas. Em Fevereiro de 2005 o governo australiano deu marcha-ré ao projeto e cancelou o financiamento, forçando sua paralisação. Talvez no futuro possa ser reiniciado, mas não há nenhuma data prevista para o retorno do lobo-da-tasmânia.
Referencias:
http://wikipedia.org
Um comentário:
tomara que consigam recuperar o DNA do lobo da tasmania, e recria-lo. gosto muito de biologia e de animais extintos, parabéns pelo blog.
visitem o meu também: mturn.blogspot.com
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