A ilha de Páscoa está localizada no sul do Pacífico, em um local esquecido no meio do mar. É o lugar mais isolado da Terra, estando a quase 2000 km das Ilhas Pitcairn e a 3200 km do Chile.
Foi avistada pelos europeus em um domingo de Páscoa, em 1722, pelo holandês Jacob Roggeveen. Avistando um lugar nada atrativo, ao contrário da maioria das ilhas daquela parte do mundo, o terreno não tinha grandes árvores e a grama era tão seca que, a distância, parecia areia. Foram recebidos por uma comitiva de nativos em canoas frágeis e ao desembarcar ficaram surpreendidos com os grandes moais, as gigantescas estátuas de pedra esculpida na forma de rostos humanos, espalhadas pelo litoral, como se vigiassem o alto-mar. Roggeveen e seus homens ficaram muito espantados, pois não compreendiam como os nativos que não dispunham de cordas fortes e madeira adequada para fazerem maquinas conseguiram erguer aqueles gigantes de mais de 10 metros de altura.
No interior da ilha, dentro da cratera de um vulcão extinto, onde as estátuas eram esculpidas, o ambiente era fantasmagórico. As ferramentas dos escultores espalhadas pelo chão, estátuas inacabadas e outras largadas para trás pela estrada que leva ao litoral, davam a impressão de que o lugar havia sido abandonado.
Ainda hoje, a ilha é cercada por uma nuvem de mistério, como as gigantescas figuras de pedra foram levadas da montanha até o mar desperta a curiosidade. Inspirando as explicações das mais incomuns como a de que extraterrestres levaram os moais até os seus locais de repouso. Versão que foi popularizada pelo livro “Eram os Deuses Astronautas?” de Erich von Däniken. A chave do mistério é revelada ao voltarmos à época da chegada dos primeiros polinésios, a cerca de 1400 anos. Vindos do oeste, os rapanui encontraram um pequeno paraíso. Eram 166 quilômetros quadrados cobertos por uma densa floresta subtropical que crescia sobre o fértil solo de origem vulcânica. Entre a vegetação nativa, a planta que mais se destacava era a Paschalococos disperta uma espécie de palmeira alta e robusta endêmica do local. Tinha madeira forte o suficiente para permitir a construção de embarcações e para o transporte dos moais e fornecia nozes para a alimentação.
A fauna local permitia uma dieta muito rica para os moradores. Carne de golfinho, de foca e de 25 tipos de aves selvagens que eram assados com a lenha retirada da floresta. É o que mostram escavações arqueológicas em antigos sítios ocupados, graças a essa biodiversidade o número de habitantes aumentou bastante.
Boa parte dos recursos locais eram gastos na intensa produção e no transporte de estátuas. Para movê-las dezenas de pessoas utilizavam cordas e uma espécie de trenó feito de palmeiras arrastavam os moais por 14 quilômetros até o litoral. A partir de 1200, a produção entrou em um ritmo mais acelerado e que durou pelos próximos 300 anos, sendo preciso cada vez mais madeira, cordas e alimentos. Por volta de 1400, a floresta já não existia e a última palmeira foi cortada, extinta junto com outras 21 espécies de plantas nativas. Assim, não havia mais madeira e cordas para o transporte de moais e nem troncos resistentes para a construção de barcos para a pesca em alto-mar, assim a pesca diminuiu. As colheitas também foram prejudicadas com o desmatamento e com o habitat devastado todas as espécies de aves foram extintas.
Todos esses fatores causaram uma grave falta de alimentos e o número de habitantes foi reduzido a um décimo dos 20 mil que habitaram a ilha no seu auge. E sem comida, os rapanui apelaram para o canibalismo. Em vez de ossos de pássaros ou de golfinhos, passou-se a encontrar ossos humanos nas escavações de moradias desse período. Muitos deles foram quebrados para se extrair o tutano.
O ecocídio cometido pelos nativos serve como exemplo do que pode acontecer quando o meio ambiente é explorado até o limite e o seu equilíbrio é afetado, a civilização que depende de seus recursos é levada ao colapso. E serve de lição para nossa geração, que vê as conseqüências do crescimento econômico aumentarem cada vez mais. Esse é um tipo de tragédia que ocorreu naquela pequena ilha e que tem os moais como únicas testemunhas.
Referências:
Wikipédia
Revista SUPERINTERESSANTE
Foi avistada pelos europeus em um domingo de Páscoa, em 1722, pelo holandês Jacob Roggeveen. Avistando um lugar nada atrativo, ao contrário da maioria das ilhas daquela parte do mundo, o terreno não tinha grandes árvores e a grama era tão seca que, a distância, parecia areia. Foram recebidos por uma comitiva de nativos em canoas frágeis e ao desembarcar ficaram surpreendidos com os grandes moais, as gigantescas estátuas de pedra esculpida na forma de rostos humanos, espalhadas pelo litoral, como se vigiassem o alto-mar. Roggeveen e seus homens ficaram muito espantados, pois não compreendiam como os nativos que não dispunham de cordas fortes e madeira adequada para fazerem maquinas conseguiram erguer aqueles gigantes de mais de 10 metros de altura.
No interior da ilha, dentro da cratera de um vulcão extinto, onde as estátuas eram esculpidas, o ambiente era fantasmagórico. As ferramentas dos escultores espalhadas pelo chão, estátuas inacabadas e outras largadas para trás pela estrada que leva ao litoral, davam a impressão de que o lugar havia sido abandonado.
Ainda hoje, a ilha é cercada por uma nuvem de mistério, como as gigantescas figuras de pedra foram levadas da montanha até o mar desperta a curiosidade. Inspirando as explicações das mais incomuns como a de que extraterrestres levaram os moais até os seus locais de repouso. Versão que foi popularizada pelo livro “Eram os Deuses Astronautas?” de Erich von Däniken. A chave do mistério é revelada ao voltarmos à época da chegada dos primeiros polinésios, a cerca de 1400 anos. Vindos do oeste, os rapanui encontraram um pequeno paraíso. Eram 166 quilômetros quadrados cobertos por uma densa floresta subtropical que crescia sobre o fértil solo de origem vulcânica. Entre a vegetação nativa, a planta que mais se destacava era a Paschalococos disperta uma espécie de palmeira alta e robusta endêmica do local. Tinha madeira forte o suficiente para permitir a construção de embarcações e para o transporte dos moais e fornecia nozes para a alimentação.
A fauna local permitia uma dieta muito rica para os moradores. Carne de golfinho, de foca e de 25 tipos de aves selvagens que eram assados com a lenha retirada da floresta. É o que mostram escavações arqueológicas em antigos sítios ocupados, graças a essa biodiversidade o número de habitantes aumentou bastante.
Boa parte dos recursos locais eram gastos na intensa produção e no transporte de estátuas. Para movê-las dezenas de pessoas utilizavam cordas e uma espécie de trenó feito de palmeiras arrastavam os moais por 14 quilômetros até o litoral. A partir de 1200, a produção entrou em um ritmo mais acelerado e que durou pelos próximos 300 anos, sendo preciso cada vez mais madeira, cordas e alimentos. Por volta de 1400, a floresta já não existia e a última palmeira foi cortada, extinta junto com outras 21 espécies de plantas nativas. Assim, não havia mais madeira e cordas para o transporte de moais e nem troncos resistentes para a construção de barcos para a pesca em alto-mar, assim a pesca diminuiu. As colheitas também foram prejudicadas com o desmatamento e com o habitat devastado todas as espécies de aves foram extintas.
Todos esses fatores causaram uma grave falta de alimentos e o número de habitantes foi reduzido a um décimo dos 20 mil que habitaram a ilha no seu auge. E sem comida, os rapanui apelaram para o canibalismo. Em vez de ossos de pássaros ou de golfinhos, passou-se a encontrar ossos humanos nas escavações de moradias desse período. Muitos deles foram quebrados para se extrair o tutano.
O ecocídio cometido pelos nativos serve como exemplo do que pode acontecer quando o meio ambiente é explorado até o limite e o seu equilíbrio é afetado, a civilização que depende de seus recursos é levada ao colapso. E serve de lição para nossa geração, que vê as conseqüências do crescimento econômico aumentarem cada vez mais. Esse é um tipo de tragédia que ocorreu naquela pequena ilha e que tem os moais como únicas testemunhas.
Referências:
Wikipédia
Revista SUPERINTERESSANTE
2 comentários:
Salve, Eduardo!
Gostei do post, só acrescentoque esse nome da palmeira... não sei se é o coprreto, tipo, tem uma chilena que é o mesmo genero (ou era)
E tem outra hipotese sobre o colpaso da Ilha de Páscoa: O introduzão do Rato do Pacófico pelos polinésicops, que comem sementes de palmeiras e outars árvores. :o
abração!
Não conhecia essa teoria dos ratos-do-pacífico. É provavel que eles tenham vivido na ilha, trazidos pelos polinésios. Em todo caso, a destruição do ecossistema levou os rapanui ao declinio e causou o canibalismo.
Abraço ;)
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