sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Quagga


O Quagga (Equus quagga quagga) é uma subespécie extinta de zebra encontrada em grande número na Província do Cabo, na África do Sul e na parte sul do Estado Livre do Orange. O quagga era distinto das outras zebras pelo padrão de sua pelagem, com listras apenas na parte anterior do corpo, enquanto o costado tinha cor castanha e pernas brancas.. No início o quagga foi considerado uma espécie distinta, recebendo o nome científico de Equus quagga, posteriormente descobriu-se que era uma subespécie de zebra-da-planicie (Equus quagga burchelli).

Sua extinção ocorreu após a chegada dos colonos Boer. O quagga era caçado porque disputava as melhores áreas de pastagem com o gado, por sua carne e por sua pele de aparência exótica; se tornando um valioso troféu de caça. Levando a uma matança acelerada. O último exemplar foi caçado em 1878 e o último quagga morreu em 1883, no jardim zoológico de Amsterdã. Além de peles, existem 23 espécimes empalhados, com um vigésimo quarto destruído em Königsberg, na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial.

O quagga foi o primeiro ser extinto a ter o DNA estudado. A analise do DNA mitocondrial sugere que se separou das outras zebras a 120.000 e 290.000 anos atrás. Desde 1987, surgiu o “Projeto Quagga” que tem como objetivo recriar a subespécie através de cruzamentos entre espécimes de zebra-da-planície que apresentam traços semelhantes com o quagga, desde então vem criando zebras que têm padrões de listras muito parecidos.




Fonte: Wikipédia

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Um olho muito especial


Estrutura anatômica incomum é identificada no bulbo ocular da gralha-azul


Ave-símbolo do Paraná, responsável pela dispersão de sementes da araucária, a gralha-azul (Cyanocorax caeruleus) tem bulbos oculares (olhos) diferenciados. Em estudo feito recentemente, o veterinário Fabiano Montiani-Ferreira, do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR), identificou nessa ave da família dos corvídeos uma estrutura óssea incomum no nervo óptico, também conhecido como ossículo de Gemminger, ou osso óptico. Esse elemento mostrou-se rico em medula óssea. Embora a ocorrência de anel ósseo ao redor da parte branca do olho (esclera) seja comum entre as aves, a presença de um osso em torno do nervo óptico é exclusiva de alguns grupos. “Esse pequeno osso já havia sido descrito na década de 1950 em algumas espécies de aves, mas só agora foi identificado na gralha-azul”, ressalta Montiani. A real função da estrutura permanece desconhecida, pois ainda não foi suficientemente investigada. Suspeita-se que sua presença torne o ponto de inserção do nervo óptico na esclera mais rígido, o que ajudaria a dar sustentação à estrutura anatômica e a reduzir as conseqüências de impactos mecânicos.


Com esse estudo, a equipe de Montiani deseja reacender o interesse pela investigação sobre a prevalência, o desenvolvimento e a função desse enigmático elemento anatômico das aves. Os pesquisadores da UFPR, que se dedicam também ao estudo do olho de diferentes espécies animais, pretendem ainda compreender melhor as doenças que acometem a visão de espécies selvagens e exóticas. Segundo Montiani, isso vem dando subsídios para se conhecer melhor a visão humana, já que os olhos dos vertebrados apresentam as mesmas estruturas fundamentais. Cabe lembrar que algumas células do olho humano, particularmente da retina, ainda não são totalmente conhecidas. Com a identificação da estrutura óptica na gralha-azul – que enfrenta situação crítica no Paraná em virtude da derrubada das florestas de araucária –, a equipe alerta para a importância da preservação de animais que sofrem risco de extinção. A gralha-azul é membro de uma família de aves de ampla distribuição geográfica e que ocorre sobretudo em regiões de clima temperado. É encontrada em matas que se estendem, no Brasil, entre os estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul; está presente também no Paraguai e no norte da Argentina. Com aproximadamente 40 cm de comprimento, a ave apresenta plumagem azul brilhante e olho fortemente pigmentado; já a cabeça, a parte ventral do pescoço e a parte cranial do peito têm coloração negra. Na lista das espécies animais mais apreendidas no sul do Brasil, a gralha-azul ocupa a 32ª posição.


Luan Galani

Especial para Ciência Hoje/PR